quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Déficit de atenção e hiperatividade

Se você se esquece de tudo, costuma perder as coisas e tem dificuldade para se concentrar e é sempre impaciente, pode ser portador do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

O TDAH é mais comum entre as crianças, mas, segundo os médicos, metade dos casos continua na vida adulta. Segundo o psiquiatra Paulo Mattos, “muitas vezes, você encontra um adulto que é abusador de álcool, usa drogas, a vida dele é um caos, não para em emprego, tem múltiplas relações, não consegue manter um relacionamento estável.

A psicóloga da PUC-RJ Flávia Sollero afirma que “Em torno de 80% do transtorno é genético. Isso significa que há uma chance dessa pessoa tenha um filho assim ou um neto com essas características, então também deve aprender a lidar com isso”.

Muitos adultos passam muitos anos sem se dar conta disso, até que em um determinado momento percebem que tem algo que não funciona. São pessoas que não conseguem terminar uma tarefa, não conseguem ficar paradas, geralmente não terminam um projeto. Também têm dificuldade em seguir regras. É uma questão neurológica.

É preciso conscientizar os pais e amenizar a angústia familiar. Não é que o filho não quer fazer algo, mas que tem algo mais forte que o filho. Quando se trabalha com crianças, existe um grupo de pessoas que estão envolvidas. É precisão compreender que esta criança necessita ser acolhida de maneira diferenciada.

Na adolescência, há um aumento no metabolismo e o jovem fica mais agitado nessa época, mesmo com medicação.

Passada essa fase há uma diminuição do transtorno. Por isso, o trabalho psicoterapêutico é importante. Com o passar do tempo, a pessoa vai se dando conta de que forma pode lidar com essa condição.

Quem tem hiperatividade geralmente tem déficit de atenção, pois muitos detalhes passam e não se tem consciência disso.

Algumas pessoas não têm hiperatividade, mas têm déficit de atenção, vivem avoadas, estão voltadas para dentro. É preciso tomar muito cuidado com o diagnóstico, para que não se faça um tratamento errado.

O importante é entender quem é essa pessoa antes de rotular o que ela tem.

O tratamento do TDAH é feito com medicação, receitada por um psiquiatra. É um transtorno hereditário e não tem cura.

Fonte: G1

Um comentário:

  1. O livro infantil JOÃO AGITADÃO de Lia de Paula Moraes, editora Caravansarai, aborda de forma lúdica o cotidiano de uma criança hiperativa e ajuda a elevar a autoestima das crianças com TDAH.

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