Postado por Paulo Coelho em 23 de setembro de 2009 às 00:24
Nixivan havia reunido seus amigos para jantar, e estava cozinhando um suculento pedaço de carne. De repente, percebeu que o sal havia terminado. Nixivan chamou o seu filho: “Vai até a aldeia, e compre o sal. Mas pague um preço justo por ele: nem mais caro, nem mais barato”.
O filho ficou surpreso: “Compreendo que não deva pagar mais caro, papai. Mas, se puder barganhar um pouco, por que não economizar algum dinheiro?”.
“Numa cidade grande, isto é aconselhável. Mas, numa cidade pequena como a nossa, toda a aldeia perecerá”.
Quando os convidados, que tinham assistido a conversa, quiseram saber porque não se devia comprar o sal mais barato, Nixivan respondeu: “Quem vender o sal abaixo do preço, deve estar agindo assim porque precisa desesperadamente de dinheiro.
Quem se aproveitar desta situação, estará mostrando desrespeito pelo suor e pela luta de um homem que trabalhou para produzir algo”.
“Mas isso é muito pouco para que uma aldeia seja destruída”.
Também, no início do mundo, a injustiça era pequena. Mas cada um que veio depois terminou acrescentando algo, sempre achando que não tinha muita importância, e vejam onde terminamos chegando hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos Deixem Seus comentários, Terei prazer em respondê-lo.