terça-feira, 28 de setembro de 2010

CONSCIÊNCIA DO PREJUIZO

Estive visitando uma instituição para dependentes químicos, conversei com a equipe que trata dessas pessoas e me surpreendi com a técnica de tratamento.

Segundo a equipe composta de médicos, psicólogos, assistentes sociais, psiquiatras, enfermeiros e cuidadores, “A pessoa que está enfrentando esse tipo de problema precisa ser confrontada constantemente com os prejuízos que o vício lhe causa. As punições e restrições, são formas de se reorganizar a família, e são encaradas de forma positiva”. Percebi que essa pressão pode ser uma forma eficiente de trazer a pessoa à realidade conversando com alguns pacientes.

Pedido de divórcio, não poder ver os filhos, chamar a polícia, são punições que podem ser aplicadas a um dependente químico. Quando a família estabelece essas punições está favorecendo sua aceitação ao tratamento. Geralmente o dependente tem dificuldade de parar com o vício, cada vez que as pessoas a sua volta tomam uma atitude e estratégia de lidar com a situação, é algo positivo, levando em conta os aspectos negativos que a droga faz com a pessoa, a intimação, a persuasão e a punição são estratégias razoáveis e interessantes, e a equipe garantiu que são eficientes.

Mas é necessário salientar que é muito importante que haja uma atitude firme por parte da família, pois trata-se de um confronto diário. Segundo o psiquiatra Fernando Furieri, “...estabelecer restrições à um dependente, podem incentivá-lo a aceitar ajuda...” Quando o paciente, pego de surpresa, é colocado diante de situações limite para decidir o tratamento que inclui internação, os amigos também são “convocados” para ajudar a argumentar.

Em nossa cidade, temos um lindo trabalho desenvolvido pela igreja evangélica e que tem dado muitos resultados na recuperação dessas pessoas, só está se necessitando de mais parceiros para ajudar neste processo de recuperação.
Sandra Rizo

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